Muitos veículos, quando carregados, apresentam um desnivelamento de seu comportamento dinâmico original. Isso traz uma série de inconvenientes bastante conhecidos dos motoristas, como perda da estabilidade direcional e a ineficiência da ação dos faróis e dos batentes da suspensão, entre outros. Recursos tecnológicos, todavia, solucionaram parte destes problemas. A Citroen inovou quando passou a oferecer um sistema hidropneumático complexo que é parte integrante do desenvolvimento do projeto do veículo. Funciona como nivelador, amortecedor e mola. Possui quatro unidades de controle ligadas duas a duas para cada eixo e todas acionadas por uma unidade hidráulica central. Por meio de um comando pode-se acionar o sistema para adequar o comportamento do carro a diferentes tipos de piso.
Outro bom exemplo neste sentido é a Suspensão Hydragás, também integrante do projeto do veículo. É um sistema hidropneumático basicamente formado por um bolsão onde internamente uma membrana divide as câmaras de óleo e de gás. Dentro da câmara de óleo um conjunto de válvulas confere as características de amortecimento. Já a câmara de gás desempenha o papel da mola. Não é, porém, um nivelador.
A suspensão eletrônica é um sistema que passa pelas fases de regulagens manuais ou totalmente automáticas. Tem como objetivo único comandar alterações na altura da suspensão e principalmente na modificação instantânea da curva de absorção de energia dos amortecedores.
Já o Load Leveler (sistema de nivelamento mecânico) é um amortecedor hidráulico convencional com uma mola helicoidal de compressão fixada no tubo reservatório e na extremidade superior do tubo de proteção do amortecedor. Como sistema de nivelamento pneumático existe o Air-System, que também é um amortecedor hidráulico convencional com uma câmara pneumática projetada entre o tubo de proteção e o tubo reservatório do amortecedor.
Finalmente, o Nivomat, um projeto de características mais complexas, é um nivelador podendo substituir ou não a mola do carro. Possui auto-comando de regulagem e é basicamente utilizado em suspensões traseiras. É um equipamento independente do projeto do veículo.
Para verificar as condições dos amortecedores existem duas formas, uma sem nenhum segredo e outra técnica. A primeira a ser usada pode ser por meio de um movimento de pressão sobre o automóvel, de cima para baixo, com as mãos apoiadas no capô ou porta-malas. Se os amortecedores estiverem em ordem, o carro não deve demorar a voltar à inércia, balançando no máximo duas vezes, e depois parar.
Se isso não acontecer, é sinal que os amortecedores não estão em boas condições, recomendando-se um teste mais preciso. Existem postos especializados onde, sem retirar os amortecedores do veículo, eles são submetidos a uma carga que provoca a oscilação da roda. Essa oscilação é transportada automaticamente num gráfico e, dependendo de sua amplitude e intensidade, é estabelecida a condição em que se encontra realmente o componente.
Cada fábrica indica, para todos seus produtos, a oscilação máxima suportável. Quando ultrapassado este limite, a vida útil do amortecedor chegou ao fim e ele deve ser substituído, independentemente do palpite de terceiros, muito menos do vendedor de amortecedores. A marca dos 30.000 quilômetros é a indicada para a primeira verificação. Os amortecedores mais comuns do mercado brasileiro são:
Hidráulico – (bitubular) do tipo dupla ação e de desenho telescópico;
A gás – (monotubular) consiste de apenas um tubo cilíndrico (sem tudo reservatório) contendo um pistão flutuante que separa a câmara pneumática da câmara hidráulica. Não possui válvula de compressão porque todo controle de forças é feito pelo conjunto do pistão (duplo efeito). O gás utilizado é o nitrogênio. Tem como vantagens melhor aderência da roda ao solo e menor probabilidade de ruídos;
Pressurizado – (bitubular) basicamente é um amortecedor hidráulico onde se adiciona uma baixa pressão de gás (nitrogênio) e pequenas alterações no sistema de vedação. Sua principal vantagem é evitar a formação de ar dentro do tubo de pressão e suas conseqüências de ruído.
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